Ateus saiam do armário!


Vivemos e outros tempos, ainda noto que há uma mentalidade medieval por traz de cada porta em nossa sociedade. A crise em nosso mundo em seus diversos níveis esbarra na religião e agora no individualismo pentecostal ou o "cristianismo de mercado".

"Nos evangelhos, Jesus Cristo é descrito como homem que vivia entre a gente mais simples do povo: pescadores, pastores, prostitutas, etc. Mas o cristão de nossa civilização tem dificuldades em reconhecer a igualdade de todos perante o mesmo deus a quem dirige seus anseios e individualismos. Tem dificuldade em reconhecer no homem comum do povo, no trabalhador braçal, no geral das gentes desse país, um seu semelhante e provido da mesma inteligência. Crê-se superior ou que seu Deus é mais, mas se prestasse atenção na realidade que o cerca perceberia que a maioria jamais sobreviveria através dos séculos de uma história tão adversa a qualquer desenvolvimento de criatividade, expressão, raciocínio ou manifestação de inteligência" (http://assazatroz.blogspot.com/).

A base da nossa crise é a mentalidade medieval de achar que há um cara lá em cima anotando tudo que estamos fazendo e a falta de espírito público da maioria de nossos cidadãos.

"Eu só trabalho e não ligo para a política" é frase das pessoas que negam que vivem numa república.

Sobre nós não há nenhum rei ou imperador, só podemos contar com nós mesmos, como dita as regras de uma república. Só que este "nós mesmos" não é cada um por si.


E sim você ter espírito público de se importar com as necessidades dos outros. E assim nós organizamos o nosso sistema político.

Muitos ainda falam que a democracia é uma bagunça, e esquecem que ela é uma lição de humanidade. Numa democracia os humanos se reúnem fazem acordos para viverem em sua sociedade tendo seus direitos preservados e deveres esclarecidos.

É um pensamento complexo que requer educação, melhores professores e mais escolas.

Por que misturei religião num texto repúblicano?

A religião é a última amarra do ser humano a liberdade, de questionar as autoridades que esquecem que servem ao povo e não ao contrário.

A religião coloca o medo nas mentes dos seres humanos, que eles tem que ter sempre algo a servir.

Hoje o voto religioso cada vez ganham mais força.

Isso é sem sentido numa república. Se a república é poder público e os partidos se organizam em políticas humanas, para que colocar Deus no meio?

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