Em 1990, a idade era de 5,6 anos de estudo, em média; em 2010, subiu para 7,2Educação dos trabalhadores no Brasil
cresce mais rápido do que na China
O Brasil teve o crescimento mais acelerado do nível educacional médio da força de trabalho no mundo, mostra um estudo divulgado nesta segunda-feira (13) pelo Banco Mundial. Isso significa que a mão de obra brasileira passou a estudar mais e a fazer cursos de especialização nos últimos 20 anos. Em 1990, a massa dos empregados tinha, em média, 5,6 anos de estudo; em 2010, a média ficou em 7,2 anos.
O ritmo do crescimento na educação dos trabalhadores aqui ficou à frente até mesmo da China, que detinha esse recorde nas décadas anteriores, aponta a pesquisa.
Segundo o documento, essas melhoras tiveram efeitos “dramáticos” na educação da força de trabalho brasileira. O estudo mostra que, em 1993, "perto de 70% da população ocupada entre 26 e 30 anos tinha menos de 11 anos de escolaridade; hoje, a taxa é de 40%".
Desafios e elogios
Para os pesquisadores, há quatro pontos que precisam ser desenvolvidos para a educação no Brasil avançar: melhorar a qualidade do ensino médio, investir pesado na educação infantil, aproveitar de maneira adequada os gastos públicos e aprimorar a qualidade dos professores.
O relatório elogia algumas medidas adotadas no país, como o bônus para professores com bom desempenho. O sistema é utilizado em São Paulo, Minas Gerais, Pernambuco e no município do Rio de Janeiro.
Os exames do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e a Prova Brasil também foram consideradas pelo Banco Mundial excelentes maneiras de avaliar o desempenho dos estudantes.
O Ideb, na opinião do Banco Mundial, "é superior ao sistema usado atualmente nos Estados Unidos e em outros países da OCDE [organização formada por 34 países, no quesito de avaliar a educação] em quantidade, relevância e qualidade de informações que provêm sobre as performances dos estudantes e das escolas".
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