Quem tem medo ?
O blogueiro Marco Aurélio Mello, teve acesso a informações muito perturbadoras, antes eu achava Serra o inimigo declarado da democracia e do capitalismo de verdade (e não esta praga neoliberal)agora o vejo como a última esperança da velha mídia (nobreza medieval) de sobreviver ao século XXI.
Ele recebeu um envelope contendo informações do projeto dos donos da mídia para eleger José Serra. Mas não entendo isso, os donos da mídia lutam para manter o mundo medieval contra as forças do capitalismo.
E dá para entender a confusão dos institutos de pesquisa sobre quem está na frente na corrida presidencial. Se for verdade a informação tanto o DataFolha como o Ibope tinham representantes no Instituto Millenium, que foi criado basicamente para eleger Serra.
Assim começa o post de Marco Aurélio revelando o documento.
"Recebi o documento em envelope lacrado com carimbo de confidencial: Uma pequena guerra, do espanhol guerrilla, ou guerrilha é um tipo de guerra não convencional, que tem de um lado um oponente forte e bem armado e, de outro, combatentes hábeis, velozes e capazes de se camuflar e se esconder rapidamente. Esta é, hoje, a disputa que se dá entre a grande imprensa e os produtores de conteúdo, jornalístico ou não, entrincheirados na rede invisivel e ramificada da web. O enfrentamento se dá a partir de idéias, que não encontram acolhida entre as teses formais; e de informações, que não teriam relevância, não fosse um olhar mais atento e desvinculado dos interesses tradicionais. Quando o adversário, por mais forte que seja, admite limitações nesse campo de combate, como tem acontecido nos últimos tempos, é sinal de que os "guerrilheiros" começam a vencer, não só no plano material, mas principalmente no plano moral, cuja ação é psicológica. Enfraquecidos, os setores tradicionais começam a enfrentar uma chaga que nasce dentro do próprio corpo e é representada formalmente pela deserção (o que também já se nota). Por isso, a necessidade de transformar desertores em criminosos, como forma de intimidar e evitar que as baixas se dêem por desistência ao combate. Ao agir em vários flancos, os exércitos formais perdem coordenação, mobilidade e, consequentemente, capacidade de ação. Como a liberdade de ação na rede é enorme, as estratégias formais de ação dos guerrilheiros não perdem efeito, ao contrário, se multiplicam. Assim, só há uma maneira de modificar esse quadro, que tende a levar à desmobilização das forças convencionais: 1. A criação imediata do Instituto Millenium, que reuna pensadores capazer de forjar um discurso de forte apelo emocional, preferencialmente atemorizando a opinião pública. 2. A criação de meios de reduzir o campo de ação dos guerrilheiros (regulamentação severa, censura e manipulação). 3. O esgotamento da capacidade do adversário de renovar as forças para uma nova ação (sufocamento). Mas a estratégia vai exigir de todos esforço considerável e, se a duração for muito longa, o tempo pode ser fator insuportável. O passo seguinte seria uma Guerra de Libertação, popular e de forte apelo emocional. Este será o novo cenário, caso nada seja feito a tempo. E as consequências serão a revisão da lei de concessões e a nova dinâmica de distribuição de verbas públicas para comunicação. É isso o que nossos adversários pretendem e é contra isso que temos que lutar com todas as armas que temos. Mas eles têm uma boa maneira de impedir nossa repressão: eles conseguem novos "informantes" numa velocidade e dimensão jamais experimentadas. Portanto, nessa Guerra, temos que usar o medo como forma de esgotar suas principais fontes: a livre circulação de idéias e informação. "
Agora se a mídia gastasse toda a sua energia para fazer a sua função que é informar bem as pessoas, o Brasil hoje seria um país melhor. E principalmente a mídia tradicional não estaria em crise. Custava informar as pessoas com qualidade passando educação, ciência e uma visão de mundo mais crítica?
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