Serra copia campanha de Obama
O mais interessante é que a grande mídia brasileira se tornou peça principal da propaganda de Serra, tudo sobre ele é passado acriticamente. Coisa que nos EUA não acontecia durante a campanha de Obama. Obama recebia uma cobertura bastante crítica durante a campanha.
No Brasil o esforço parecido da mídia para eleger um candidato já foi feito antes, na campanha de 1989. Quando Collor foi eleito com as bençãos da Vejo e da Globo.
Fernando Collor do passado é o Serra do presente, pois é o candidato dos donos dos grandes meios de comunicação, nisso não há dúvidas. Até seu passado é apagado (a administração de Collor no comando das Alagoas e ligações familiares foram esquecidas durante a campanha), por exemplo a mídia omite que Serra foi ministro do planejamento de FHC que bateu martelo da privatizarão.

Mas diferentemente da Campanha de 1989 não havia internet. A Veja e a Globo não estarão sozinhas, pois, neste hiato de tempo a internet brasileira alcançou metade da população e tem um público muito maior que a Veja.
Seremos testemunhas não só de uma eleição, mas de um combate de gerações e tecnologias. A velha mídia contra a nova mídia.
O PT e a Dilma dependem da nova mídia para ter espaço e voz. Serra depende da velha mídia para que o mostre como líder supremo infalível e principalmente não questione suas falhas e nem mostre muito bem o seu passado como governador ou ministro.
Não será uma campanha simples, há vários fatores envolvidos e bem amplos. A esquerda, a direita e o centro parecem que estão unidos com Dilma. Serra está no campo da extrema- direita que une ruralista, classe média que baba na gravada e o que ainda existe de neoliberais.
Tanto que Katia Abreu pode vim a ser vice de José Serra, ou seja Serra vai assumir logo que é de extrema-direita. E como uma boa extrema-direita tenta fazer uma campanha do medo com apoio da mídia para tentar se eleger. O exemplo clássico foi a eleição de Hitler na Alemanha.
Porém Serra não conta com apoio de empresários que o conheceram como governador de São Paulo, pois só conseguiram falar com ele o ameaçando com passeata a frente do palácio dos bandeirantes unidos a CUT e a Força Sindical.
A campanha eleitoral de 2010 vai ser então interessante, pois todos os fatores conflitantes vão aflorar.
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